Estudo revela tendências do mercado de trabalho e desafios para o RH

2013-07-12

Esse ano, 44,9% dos profissionais está efetivamente em busca de outra oportunidade de emprego. Em 2012 o contingente era de 37,6%. É o que revela o levantamento "Guia Salarial 2013". Promovido pela parceria entre a operação brasileira da HAYS e o Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper. Foram ouvidas mais de 700 empresas e 7,5 mil profissionais.

Segundo Leni Hidalgo, gerente geral de desenvolvimento corporativo da Votorantim Industrial, a grande maioria das saídas são provocadas pelas empresas mas há um turnover reincidente: "Não é necessariamente que o profissional não goste de onde está e o que está fazendo, o que há é o sentimento de que poderia algo melhor". De acordo com o estudo, os motivos mais fortes que levaram profissionais a permanecer em seus empregos foram progressão na carreira (37,57%) e remuneração (19,01%).

Com relação aos benefícios não salariais, 90,66% afirmaram adotar tal política. Seguro saúde (90,41%), seguro de vida(86,95%), plano odontológico (79,87) despontam como os mais comuns, seguidos por telefone celular e vale alimentação, ambos com 74,69%. Aparelhos de notebooks são oferecidos para 70,13%.

Embora a quase totalidade dos empregadores (94,57%) considere os benefícios não-salariais como uma importante ferramenta para recrutamento e retenção de profissionais, apenas 2,3% dos entrevistados veem essas políticas como razão fundamental para uma mudança de emprego. Para Mark Bowden, Diretor Geral da Hays para Europa e América Latina, isso acontece pois a maioria das organizações oferece pacotes de benefícios similares, tornando esse um diferencial proporcionalmente pequeno entre uma oportunidade e outra.

O aumento salarial em 2012 atingiu 55,74% dos respondentes. "Quase 2/3 desse aumento foram superiores a 5,5%, ou seja, maior que a taxa da inflação. Um cenário complicado com a economia que não está tão competitiva quanto há três, quatro anos", afirmou Bowden.

Além disso, 60,6% das empresas afirmaram considerar aumentar o número de colaboradores da empresa ainda esse ano. Contudo, diante do candidato ideal, mas com uma expectativa salarial muito elevada, 40,78% das companhias desistem dos candidatos.

A prática de gestão de pessoas que melhor descreve o suporte da empresa para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é, para 71,3% dos respondentes, o flextime.

No levantamento desse ano, praticamente um em cada quatro respondentes está sem emprego e quase um em cada cinco (18,8%) sem trabalhar por um período entre 7 e 12 meses. Em 2012 eram 9,8% sendo que 47,9% tinham pedido demissão. Agora é diferente: 55,3% são casos de profissionais demitidos.

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